domingo, 3 de abril de 2011

Relatório da Visita ao Museu / Cimenteira SECIL


24 de Fevereiro de 2011
Escola de A dos Pretos, 15 Alunos de 3º ano. Professora Fernanda Batista
Escola de Maceira 1, 4 Alunos de 4º ano. Professora Telma Jordão.
 Na hora marcada, iniciámos a visita com a apresentação de alguns slids, onde os alunos puderam ver um pequeno historial da incrementação da Industria de Cimentos em Maceira no início de século XX, chamando a atenção para o factor primordial da existência da matéria prima básica para a produção deste produto – a pedra Calcária e a pedra Marga.
Neste Slid, foi apresentado também todo o Grupo empresarial SECIL e a forma como a Indústria Cimenteira de Maceira evoluiu ao longo dos seus 88 anos de existência, assim como foi possível observar um esquema das várias fases da produção do cimento Portland, desde a extracção da matéria prima – a pedra calcária e marga - até ao produto final – o cimento -  e a sua comercialização.
Para melhor entendermos todo o historial da implementação desta Indústria, em, Maceira, parece-me conveniente apresentar o seguinte:
Maceira, na época, era uma localidade essencialmente agrícola, em regime familiar, com parcos recursos em condições sociais, sem indústria, com apenas engenhos e manufacturas ligadas aos bens de consumo, como sendo: moinhos a água e a vento, lagares de azeite e de vinho, cerâmicas de tijolo e telha, fornos de cal, serração de madeiras de pinho com carpintarias familiares, ferreiros, pequenos comércios de mercearias e tabernas,  manufacturas  ligadas ao vestuário e calçado, teares e pastorícia.
 A construção da Fábrica de cimentos exigiu mão de obra de muitos trabalhadores e foi necessário a vinda de muitos homens, imigrantes de outras regiões de Portugal, que ao trabalharem aqui tiveram necessidade de trazer as suas famílias e radicarem em Maceira as suas vidas, com tudo o que uma família necessita para viver com dignidade.
Para facilitar a fixação residencial destes operários, houve a preocupação de criar infra-estruturas sociais que lhes permitissem uma vida familiar com condições condignas e apoio na saúde e na educação, tanto quanto o necessário. Estas infra-estruturas tiveram a ver com a construção dos Bairros Operários em Maceira Lis, Pocariça e Maceirinha, as Escolas de Jardim de infância e Primária em Maceira Lis, o Posto Médico e Farmácia em Maceira Lis, a Capela de S. José, a Casa de Pessoal, Restaurante, Balneários, Cooperativa de Consumo e venda a retalho, Campos de Jogos, etc.
Seguimos para a Visita ao Museu, onde pudemos observar, em fotografias da época, o que antes tinha sido apresentado. Foi chamada particular atenção para uma foto panorâmica dos terrenos onde foi implantada a fábrica, com a frase simbólica …. “ No princípio era a Gândara…” , onde se vêm  os campos de parcas culturas agrícolas que foram adquiridos para a  construção da Fábrica ; outra foto onde se podem ver grande número de homens que foram os primeiros operários desta Empresa; uma maqueta da fábrica e espaços circunvizinhos, já com todas as condições de infra-estruturas construídas com data de 1949. Foi ainda chamado à atenção para a observação de dois bustos representando as figuras dos principais fundadores e impulsionadores desta obra, industrial e Social, os Engenheiros Senhor Henrique Sommer e Senhor Rocha e Melo.
Seguiu-se a visita ao espaço onde se podem ver os utensílios de laboratório experimental, usados no início da produção do cimento, assim como pequenas ferramentas de medida e peso usadas na aplicação do produto em fase experimental.
Toda a visita foi acompanhada pela apresentação de Senhora Doutora Ana Lúcia que ia explicando a sequência dos acontecimentos e chamando a atenção para os aspectos mais significativos apresentados no Museu.
Prendeu-se de especial interesse, a apresentação aos alunos do espaço destinado à mostra exemplificativa da formação da Terra correspondente à constituição do subsolo com as características apresentadas na nossa região – pedras calcárias, margas e formações fosseis de várias épocas jurássicas – conforme exemplos expostos.
Foi também apresentado em retrospectiva todo o esforço feito por esta empresa na incrementação de espaços e actividades de carácter cultural e cívico para formação dos jovens e ocupação de tempos livres, dando relevo ao apoio à Família, à formação feminina nas artes manuais e actividades domésticas, à higiene e saúde, às bricolages de utilidade prática, às artes musicais e de recreio, entre outras.
Foi ainda possível observar pelo miradouro a Pedreira da pedra Calcária e as máquinas em laboração na mesma assim como o bando de gaivotas que ali se encontravam, tendo sido chamados à atenção para o espaço como um meio onde a biodiversidade se faz notar, pelo esforço de todos na preservação do meio ambiente. 
 Fez-se também uma breve visita ao Jardim Jurássico, onde pudemos ver e contactar com alguns fosseis que aí se encontram, encrostados em grandes blocos de calcário, assim como observar a requalificação do espaço envolvente com plantas autóctones, cuja preservação se encontra protegida.
Tivemos como principal e grande constrangimento o pouco tempo dispensado para a visita, o que não nos permitiu ver a espaço reservado à apresentação do processo de Fabricação do Cimento e apenas uma breve visita ao Parque da Água.
Todo o grupo de alunos se manifestou interessado na visita e encantado com o que foi possível observar e insatisfeito por não poder estar mais tempo.
Pelo adiantado da hora, e não sendo possível completar toda a Visita, regressámos à escola, com um sabor a pouco, mas felizes pelo que podemos aprender.

Maceira, 25 de Fevereiro de 2011                             Lucília Fernandes

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