domingo, 20 de fevereiro de 2011

Relatório de visita ao Museu/ Cimenteira SECIL

Projecto “Raízes da nossa Terra”
Relatório da Visita ao Museu / Cimenteira SECIL
10 de Fevereiro de 2011
Escola de a do Barbas, 11 Alunos  de 3º ano  e professora Patrícia Daniela
Escola de Cavalinhos, 12 Alunos de 3º e 4º anos. Professora Irina Andrade.
A visita foi iniciada na hora marcada com uma apresentação aos alguns slides onde foi apresentado aos alunos um pequeno historial da incrementação da Industria de Cimentos em Maceira no início de século XX, chamando a atenção para o factor primordial da existência da matéria prima básica para a produção deste produto – a pedra Calcária e a pedra Marga .
Nesta apresentação, foi também dada a informação de que além da implantação desta indústria, houve a preocupação de criar infra-estruturas sociais que permitissem aos operários da fábrica estabelecer em Maceira a sua vida familiar com condições de vida condignas e apoio na saúde e na educação, tanto quanto o necessário. Estas infra-estruturas tiveram a ver com a construção dos Bairros Operários em Maceira Lis, Pocariça e Maceirinha, as Escolas de Jardim de infância e Primária em Maceira Lis, o Posto Médico e Farmácia em Maceira Lis, a Capela de S. José, a Casa de Pessoal, Restaurante, Balneários, Cooperativa de Consumo e venda a retalho, Campos de Jogos, etc.
A criação destes espaços, verificou-se porque na época, a maior parte dos operários necessários à construção de Fábrica, eram homens imigrantes de outras regiões de Portugal que ao trabalharem aqui tiveram necessidade de trazer as suas famílias e radicarem em Maceira as suas vidas, com tudo o que uma família necessita para viver com dignidade.
Maceira, na época, era uma localidade essencialmente agrícola, em regime familiar,  com parcos recursos em condições sociais,  sem indústria, com apenas engenhos e manufacturas ligadas aos bens de consumo, como sendo: moinhos a água e a vento,  lagares de azeite e de vinho, cerâmicas de tijolo e telha, fornos de cal , serração de madeiras de pinho com carpintarias familiares, ferreiros, pequenos comércios de mercearias e tabernas,  manufacturas  ligadas ao vestuário e calçado, teares e pastorícia.
Seguimos para a Visita ao Museu, onde pudemos observar, em fotografias da época, o que antes tinha sido apresentado. Foi chamada particular atenção para uma foto panorâmica dos terrenos onde foi implantada a fábrica, com a frase simbólica …. “ no princípio era a Gândara…” , onde se vêm  os campos de parcas culturas agrícolas que foram adquiridos para a sua construção ; outra foto onde se podem ver grande número de homens que foram os primeiros operários desta Empresa; uma maqueta da fábrica e espaços circunvizinhos, já com todas as condições de infra-estruturas construídas com data de 1949. Foi ainda chamado à atenção para a observação de dois bustos representando as figuras dos principais fundadores e impulsionadores desta obra, industrial e Social, os Engenheiros Senhor Henrique Sommer e Senhor Rocha e Melo.
Seguiu-se a visita ao espaço onde se podem ver os utensílios  de laboratório experimental , usados no início da produção do cimento, assim como pequenas ferramentas de medida e peso usadas na aplicação do produto em fase experimental.
Toda a visita foi acompanhada pela apresentação de Senhora Doutora Ana Lúcia que ia explicando  a sequência dos factos e chamando a atenção para os aspectos mais significativos apresentados no Museu.
Prendeu-se de especial interesse, a apresentação aos alunos do espaço destinado à mostra exemplificativa da formação da Terra correspondente à constituição  do subsolo com as características apresentadas na nossa região – pedras  calcárias, margas e formações fosseis de várias épocas jurássicas – conforme exemplos expostos.
Foi também apresentado em retrospectiva todo o esforço feito por esta empresa na incrementação de espaços e actividades de carácter cultural e cívico para formação dos jovens e ocupação de tempos livres, dando relevo ao apoio à Família, à formação feminina nas artes manuais e actividades domésticas, à higiene e saúde, às bricolages de utilidade prática, às artes musicais e de recreio, entre outras.
Foi ainda possível observar pelo miradouro a Pedreira da pedra Calcária e as máquinas em laboração na mesma assim como o bando de gaivotas que ali se encontravam, tendo sido chamados à atenção para o espaço como um meio onde a biodiversidade se faz notar, pelo esforço de todos na preservação do meio ambiente. 
 Fez-se também uma breve visita ao Jardim Jurássico, onde pudemos ver e contactar com alguns fosseis que aí se encontram, encrostados em grandes blocos de calcário, assim como observar a requalificação do espaço envolvente com plantas autóctones, cuja preservação se encontra protegida.
Tivemos como principal constrangimento o pouco tempo dispensado para a visita, o que não nos permitiu ver a espaço reservado à apresentação do processo de Fabricação do Cimento e o Parque da Água.
Pelo adiantado da hora, e não sendo possível completar toda a Visita, regressamos à escola, com um sabor a pouco, mas felizes pelo que podemos aprender.

Maceira, 18 de Fevereiro de 2011
Lucília Fernandes

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